quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

NAVIO DE LUXO OU DE LIXO?


Os acontecimentos atuais nos levam a entender a relação entre as palavras Sectarismo e Corporativismo. O termo sectarismo (usado geralmente com conotação pejorativa) pode ser definido como visão estreita, intolerante ou intransigente. Já espírito sectário significa tomar um partido sem tolerar as outras tendências, caracterizando-se pela convicção doentia de propriedade da verdade, da razão e da justiça. Resumindo, a meu ver, espírito sectário é a expressão mais pura do conservadorismo fanático. Já o termo Corporativismo é a ação em que prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade, em detrimento do interesse público.
As duas palavras servem para muitas representações da nossa sociedade, mas talvez não se encaixe em nenhuma outra com tanta perfeição como junto à classe médica de nosso País, especialmente quando se trata de defender o interesse da organização da classe. Quando isso ocorre, todos acabam se tornando sectários. Sim, além de corporativistas, se tornam sectários. Quer um exemplo? Então trago dois que estão em destaque e passam despercebidos pelos críticos que analisam o comportamento humano e social dos brasileiros.
O primeiro exemplo está materializado no caso da modelo capixaba que morreu após ter amputados seus pés e mãos, necrosados por consequência da imperícia de médicos incompetentes e negligentes que sequer cogitaram a possibilidade da jovem estar sofrendo de uma infecção. Até é possível que um médico se engane, mas o que me deixou estupefato foi ver uma reportagem que mesmo diante da cruel realidade, teve seu desfecho com um "especialista" dizendo que as pessoas não devem se automedicar e que o cuidado deve ser do paciente. Convenhamos, o repórter não se deu conta que deveria questionar a razão do erro médico. Ou não foi erro médico a não verificação de que havia uma infecção?

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