segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

OS CRIMINOSOS DO RIO?

A ação dos órgãos de segurança pública e dos militares do Exército contra o crime organizado no Rio de Janeiro pode não representar nada na história do Brasil se não for transformada efetivamente em um  marco inicial da nova postura do Estado Brasileiro frente a criminalidade que impera em todos os cantos dessa imensa Nação.
A invasão de um complexo de favelas representa muito pouco diante do necessário. A montanha de drogas e armas apreendida nessa operação, é apenas uma pequena ponta do iceberg que teima em boiar no mar da instabilidade social e política do País.
Tal mobilização só terá real eficácia se for referência para novos atos, novas avançadas, novas operações na incontestável guerra declarada pelo crime organizado contra o nosso sagrado Estado Democrático de Direito.
No entanto, o que se percebe é um silenciar covarde das autoridades, certamente temendo o que podem fazer os criminosos a partir de uma ação mais intensiva pelas forças policiais. Isso demonstra a grave falta de liderança e de vontade política de nossos representantes para minimizar, de uma vez por todas, o maior motivo de vergonha dos dignos brasileiros: a violência urbana.
Interessante é que batizaram a operação  do Rio como "Invasão ao Complexo do Alemão". Ora, que invasão? Quem invadiu foi o crime! Não há invasão do Estado em um lugar que pertence a todos, e sim uma retomada!
O Brasil está repleto de outros complexos do alemão. Em todos os Estados da nossa Federação quem reina é o poder da bandidagem, da malandragem, dos atos tramados nos porões de uma ficta democracia contaminada pelo "poder do mais forte" e instável pela falta de coragem e competência do Estado.
Por outro lado, a imprensa, tão preocupada em passar imagens da ação de guerrilha vivida no Rio de Janeiro, deveria aproveitar o ensejo para mobilizar toda a população em torno de campanhas visando a moralização do país, resgatando os sagrados direitos de paz, liberdade, segurança e bem estar da população.
Não quero dizer que deveria ocorrer um toque de recolher, como ocorreu no Rio, tampouco afirmo que seria necessário lançar as tropas do Exército às ruas para pressionar os criminosos, mas quero lembrar que tão importante quanto lutar contra outros problemas que afetam a sociedade, como o crack, a violência no trânsito e tantas outras barbaridades comuns no Brasil, é fundamental, a partir das recentes ocorrências da cidade maravilhosa, desenvolver uma política de segurança pública capaz de atender aos anseios da população, com o braço firme de um Estado determinado a instalar um clima de tranquilidade junto ao seu povo
Se me perguntarem como fazer para que isso aconteça, apontarei em riste para Brasília. O país que abriga o maior número de leis de todo o planeta, precisa substituir o quantitativo pelo qualitativo, deixar de ser prolixo e botar no lixo as ordenações obsoletas, substituindo-as por leis ágeis, objetivas e capazes de promover algo que, pelo menos, se aproxime da Verdadeira Justiça.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FUTEBOL E POLÍTICA

Fico impressionado com a diferença de tratamento dado ao futebol diante da política na mídia brasileira.
Recentemente a CBF reconheceu campeonatos anteriores ao "Brasileirão" como válidos para computar títulos obtidos e isso, por mais desinteressante que possa parecer, se transformou em um tema polêmico que ocasionou reações diversas, contrastando festejos com atos de rebeldia extremada. No mesmo período os deputados federais aprovaram um aumento salarial estrondoso para todos os detentores de cargos eletivos, que deverá repercutir até nas mais modestas câmaras de vereadores dos mais escondidos "municípios" às vezes com menos de 2 mil habitantes.
Ninguém falou nada com muita ênfase na TV, nos jornais ou nas emissoras de rádio. Nem a Internet, veículo mais popularizado da atualidade focou com a devida importância a "auto-ajuda" dos políticos. A imprensa praticamente calou diante dessa barbaridade e o Brasil inteiro voltou seus olhos às semi-finais do Mundial de Clubes nos Emirados Árabes, o que daí a pouco, com a derrota do time brasileiro, transferiu para o mundial de natação, também no Oriente Médio, tudo com o intuito de ocupar o espaço da mídia com o mundo ilusório do esporte altamente competitivo, como a regrar as mentes sobre aquilo que deve ser visto e pensado.
De qualquer modo, é uma realidade histórica, um modo eficaz de inebriar o povo e desviar a atenção dos intelectuais formadores de opinião, que na maioria das vezes são apaixonados pelo esporte.
Pois então que os salários dos políticos aumentem e que o esporte continue chamando mais a atenção do povo. É o Brasil, o que fazer?

domingo, 7 de novembro de 2010

VIAGEM NO PASSADO

Como era bom viajar no trem de passageiros na minha infância. Saía de Alegrete para Santa Maria, Porto Alegre, Cacequi, Uruguaiana, em verdadeiras aventuras infantis que me faziam sentir que Júlio Verne talvez também tivesse experimentado a mesma sensação. As viagens eram demoradas, cansativas, barulhentas e pouca comodidade era uma marca, mas era maravilhoso encontrar tanta gente diferente, vindas de outros lugares do Rio Grande do Sul ou até mesmo de fora. Os contrastes eram enormes em diversos aspectos, o que criava um ambiente encantador e ao mesmo tempo estranho. Lembro que passeávamos de vagão em vagão, só pela necessidade de não ficar parados, deparando-nos com paisagens lindas e com pessoas estranhas. Vi uma vez um homem conversando com um papagaio, outra vez uma senhora entrou no trem com um saco cheio de galinhas vivas, uma galinha escapou e foi um "bochicho" daqueles, até que alguém imobilizasse a penosa. Doutras vezes eu ficava na porta de acesso e colocava a perna para fora por um vão, como para superar o medo, já que os mais velhos nos recomendavam para que jamais colocassemos a cabeça pela janela, pois uma ponte poderia nos decapitar. Quando alguém puxava conversa, aí fazíamos grandes amizades em um pequeno intervalo de horas. Perguntávamos tudo para qualquer pessoa que encontrássemos disposta a conversar e ouvíamos histórias inacreditáveis, que precisavam ser acreditadas para tornar a viagem mais valiosa e memorável. Sempre se levava uns trocados para comprar alguma coisa no vagão/restaurante, onde era comum encontrar alguém em altas no "trago", um casal de namorados se beijando como nos filmes de Greta Garbo e alguém tentando vender alguma coisa, na ausência do fiscal que aparecia sempre de surpresa e conferia o bilhete para furar ou ver se estava furado. Se não estivesse com o bilhete em mãos, descia na próxima estação.
Assim foi até meus 15 anos, quando após ficar um verdadeiro expert em vagões, experimentei viajar no famoso "Trem Minuano" da RFFSA, em ligação "semi-direta" de Alegrete à capital (não parava nas encantadoras estaçõezinhas das vilas). Parecia um ônibus, as poltronas deitavam e os banheiros eram incrivelmente llimpos (dizia-se que nem parecia um trem de tão limpo). O restaurante tinha um certo charme, os frequentadores tomavam whisky, campari, coqueteis e antes de chegarmos à capital, surgiam as "ferromoças" trazendo bandejas com o desjejum composto por taça de café, um pãozinho, geléias, manteiga, garfinho e faca de plástico.
O romantismo dos trens de passageiros foi embora. Ficou a lembrança daquelas viagens demoradas e saborosas, com gosto de campo, entre as paisagens de um Rio Grande que ainda estava cheio de florestas e que foi ficando no passado, dando lugar a enormes áreas desmatadas e povoadas de gado ou tomadas de lavouras.
Hoje, viajar de carro é comum, mas muito mais perigoso que se equilibrar sobre os trilhos que se perderam no passado. Atualmente, nos ônibus a regra é o silêncio, o cuidado, a prevenção. Acredita-se que o assassino, o assaltante, o bandido, todos eles podem estar reunidos em poltronas próximas às nossas e, se for viagem de avião, qualquer pessoa, de qualquer origem, classe ou estilo, torna-se suspeita à primeira palavra dita, mas se ficar muito silenciosa, também é suspeita
O mundo mudou tanto e parece que foi ontem que embarcávamos no trem e aguardavamos o "soco" do maquinista que conferia se os vagões estavam devidamente encaixados. Antes do dia da viagem eu olhava minha mãe tocar manivela para falar ao telefone com os parentes para que nos esperassem em casa pois iríamos da estação com um "carro de praça".
A evolução é estraordinária, facilita nossas vidas, dá conforto, mas é um convite à preguissa e um risco para o romantismo. Tudo vai ficando frio e calculado quando não nos deixamos levar pelo espírito da boa aventura, como era nas viagens de trem do passado. Hoje embarcamos nos ônibus e aviões pensando se a viagem será rápida e se teremos tempo de voltar no mesmo dia. Ninguém consegue lembrar o que aconteceu na última vez que foi da capital a uma cidade distante, lá na fronteira. O silêncio e o medo são as companhias dos passageiros modernos.
Soube que na Argentina as viagens de trem continuam acontecendo e que há uma linha que vai de Santo Tomé, no lado argentino do Rio Uruguai, até Buenos Aires com duração de 24 horas. Estou planejando com a minha eterna namorada embarcar nessa viagem, mas acho que os argentinos vão estranhar um brasileiro no vagão. Pelo que fiquei sabendo com meu ex-colega de faculdade, o Dorneles, de São Borja, as viagens por lá não são tão democráticas como eram as nossas.
Mesmo assim, acho que vale a pena.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Simplicidade reconhecida

Hoje, após um dia de muitas atividades no trabalho, ao chegar em casa encontrei meu filho mais velho também cansado do dia em que esteve trabalhando e feliz. Falou-me cheio de alegria sobre o enxoval que ele e minha norita estão começando a montar para uma futura consolidação do namoro que já tem uns sete anos de duração. Isso me levou a ligar para o caçula que está na terra santiaguense (pela quinta vez no dia, via infinity) e perguntar sobre o namoro com a minha norinha mais jovem, que também é de Santiago, ao que me informou que havia falado com o sogro e que "agora a coisa está ficando séria mesmo". Fui até a cozinha, encontrei minha Alma Gêmea preparando um suco e me veio uma emoção profunda quando lembrei que desde vinte e dois anos e pouco atrás, eramos nós, pensando em como formar uma família, casa, filhos, sonhos bons de sonhar, melhor ainda quando realizados.
Abracei o Amor da Minha Vida e agradeci do fundo do meu coração a Deus pela dádiva que tenho em meu Lar.
Depois fui para a TV e vi o Globo Repórter falando sobre o afeto, o amor, a compreensão, o carinho, como elementos que salvam vidas, transformam pessoas e alimentam a esperança de um novo mundo. Percebi como é importante cultivar princípios tão simples que nascem na certeza de que estamos aqui para aprender, evoluir e principalmente contribuir para que o mundo seja um pouco melhor.
Penso nas famílias que estão desajustadas e acho que sei onde nasce tal situação: na falta de fé em Deus.
Acredito que a presença do Criador em nossos corações alimenta a certeza de que não estamos aqui por acaso e de que podemos superar através do amor, da solidariedade, da compreensão, do perdão e principalmente da capacidade de expressar aquilo que sentimos com o maior conteúdo de sinceridade possível, todas as adversidades que possam surgir.
Ah, e pensar que às vezes reclamamos quando temos tanto para agradecer!
Detalhe, aquela foto ali na parte superior do texto foi clicada em Canela-RS, em um memorável dia feliz de minha vida. A foto ao lado com a Maria Inês, tem mais de duas décadas. Eu e Maria Inês estávamos selando nossa união.
Que Deus abençõe as Famílias.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DE VOLTA AO UNIVERSO

Por vezes temos de nos afastar do universo virtual. Precisamos nos investir de desafios que preencham nossas novas necessidades e abraçar caminhos novos, desafios maiores. Depois parar, repensar e, somente daí em diante, retomar a caminhada.
Retomo minha caminhada para analisar o que mudou em minha vida desde a última postagem.
São tantas mudanças, tantas transformações em um pequeno espaço de tempo, que não me privo do direito de subtrair alguns dos ocorridos para lembrar que diante de todas as transformações, sinto-me oxigenado para retornar a postar no meu blog.
Sinto-me mais advogado que nunca. Vivencio isso a cada minuto de minha existência e reforço a crença de que tudo o que fazemos é missão, vai além do simples suprimento das necessidades ou atendimento a anseios pessoais. Temos sim uma missão e é a ela que me entrego.
Para resumir o que ocorreu de um ano para cá, abri um escritório e me lancei sozinho, claro que me socorrendo dos amigos, na árdua luta da advocacia. Esqueci que era radialista, que apresentei programas, produzi textos memoráveis, bolei programações, narrei jogos de futebol e entrevistei inteligência e outras gentes. Apaguei tudo o que me motivara tanto até pouco tempo atrás. Repaginei minha caminhada, na certeza de que agora estou aprendendo ainda mais que em todas as vezes que obtive lições marcantes da vida.
Hoje, associado a uma nova idéia, jogo-me com o coração pulsando na busca de novos horizontes.
Acho que sou mutante nos meios que uso para cumprir a missão, Mudo conforme a necessidade e de necessidade eu entendo.
Gosto da máxima de Marx, aquele, o Carl: "A necessidade só é cega na medida em que não é compreendida".
Quiçá agora o caminho encontre a calmaria com alegria que tanto necessito.
Ao lado de novos colegas, vejo ampliados os horizontes.
Novos motivos para sorrir e, de sorrir, também entendo muito.

domingo, 2 de maio de 2010

Mentes Generosas

Depois de mais de vinte anos na querida cidade de Santiago, onde ainda guardo minha casa para o caso de precisar retornar, rumei a Porto Alegre na busca de construir um novo caminho. Formei-me Bacharel em Direito e, convidado para compor a equipe da Rádio e TV Pampa, aceitei e como se diz na fronteira, "bandeei-me a la cria". Por trinta dias, até a saída da Rede Record em direção à Rádio e Tv Guaíba, estive no palco da Pampa, participando dos programas esportivos e ancorando a programação em um pedaço da madrugada. Menos de um mês após minha transferência, já estava plenamente instalado com a família, mas desempregado.
Foram dois meses assim, com minha companheira de todas as horas, que mesmo após dirigir um valioso projeto no Hospital de Santiago, presidir o Conselho Municipal de Turismo da cidade e também dirigir uma agência de viagens por quatro anos, precisou buscar a única oportunidade que surgira e trabalhar como vendedora em uma região oposta da nossa na capital, dependendo de dois ônibus para trabalhar por um salário que não supria o mínimo necessário à subsist~encia da família.
Tempos difíceis aqueles, acabaram abreviados por um convite do Amigo Carlos Picolli para atuar na cidade de Bento Gonçalves, na função de coordenador de jornalismo e esporte da Viva News. Um ano de felicidade no trabalho, mas sofrimento longe da família que, em vista do quadro, precisou ficar em Porto Alegre mesmo. Mas nem tudo é tão difícil que não possa piorar! Fechado um ano na serra e moído de saudade da patroa e dos piás, eis que a Pampa ameaçou ressurgir das cinzas e novamente fui chamado , mas o "raio" caiu no mesmo lugar e em menos de um mês fui dispensado: nada passou de um devaneio da Pampa ou de outra facada no meu peito. A emissora continuava "oca" e sequer o gerente tinha uma sala para trabalhar. Nossas conversas eram nos corredores e fui "jogado" para ler propaganda ao vivo no Programa Guerrilheiros da Notícia, me tornando um verdadeiro estranho no ninho. Foi aí que comecei a compreender que confiança é algo que não podemos entregar a quem não merece.
Parecia castigo, foram mais dois meses sem trabalho, até o dia em que fui chamado pelo Amigo Nelson Paulo para Santa Catarina passando a atuar como Coordenador do Esporte da Catarinense, a mais premiada emissora daquele Estado. Daquele dia em diante reacreditei que possuia potencial, desperdiçado até então pelos dirigentes das emissoras de Porto Alegre, já que pela segunda vez estava altamente valorizado em outras praças. Fui para Santa Catarina e lá recuperei a auto-estima, a alegria, a esperança e a conta bancária, até que retornei para a cidade que escolhi: Porto Alegre, para fazer a enigmática prova da OAB. Fiz e passei!!!
Tomei novo impulso e 15 meses depois, fui compreendido por Nelson Paulo e voltei para o ninho. Ah, que bom estar ao lado daqueles que tanto amo!
Muitos amigos foram determinantes para que eu retomasse a caminhada. Aliás, tenho a satisfação de afirmar que em todos os lugares que ando, sempre encontro alguém para compartilhar meus ideais.
Hoje, em um domingo magnífico, lembro que retornei para meu Lar graças ao surgimento em minha caminhada de um Grande Amigo. Uma pessoa diferenciada, sensível, profissional competentíssimo e homem valoroso, honesto, verdadeiro, dotado de uma imensa generosidade. Ele fez renascer minha fé na vida e a esperança de morar com minha mulher e meus filhos na cidade que tanto gosto. Graças ao Dr Gustavo Rocha, diretor da renomada empresa Gestão.adv.br, passei para a advocacia como num toque de mágica e hoje, minha maior felicidade é poder agradecer a este Grande Amigo.
Claro que muitos outros valiosos Amigos foram determinantes nesta trajetória. Poderia citar todos aqui, mas creio que cada um mereça uma página exclusiva.
Hoje abro esta série que ainda deverá retornar a ser tema no meu blog, agradecendo ao Amigo Dr Gustavo Rocha, que ao me resgatar da distante Joaçaba, abriu-me novos horizontes.
Obrigado Amigo!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mentes Milionárias

(Maria Inês: meu grande tesouro)
Acredito que a riqueza das pessoas resida no todo de suas mentes. Pessoas milionárias cultivam um pensamento realizador, concretizador e, fundamentalmente, transformador. É por essa razão que a cada dia tento me policiar para exercitar um processo natural de enriquecimento que está acima de qualquer conceito: o enriquecimento pleno, dotado de fatores complexos para as pessoas que não entendem o verdadeiro sentido da palavra riqueza.

Claro que aquilo que está escrito no verbete do dicionário é objetivo na conceituação da palavra riqueza, mas os conceitos que partem dela é que se revestem de maior valor e é por essa razão que abordo aqui alguns conceitos originados da palavra riqueza. Porém não posso deixar de fazer uma abordagem irônica sobre o programa da Globo "Domingão do Faustão", já que o significato da palavra fausto, é rico. Portanto, o programa de maior audiência dominical assistido por milhões de brasileiros, especialmente pelos mais desprovidos de riqueza financeira e patrimonial é o "Domingão do Ricão"!

Creio que se colocassem o nome pelo significado da palavra e se desconsiderasse o verdadeiro nome do apresentador, não teria o sucesso que tem por uma simples razão: pobre detesta rico. Mas qual o motivo para tão grave sentimento? Simples! Os pobres não compreendem o sentido da palavra riqueza, pois se compreendessem também seriam afortunados.

Fico impressionado como existem pessoas que em razão de suas frustrações, colocam sempre a culpa nos ricos. Uns dizem que para ser rico é preciso ser desonesto, outros afirmam que todo o rico é mau e tem alguns que manifestam o absurdo princípio de que os ricos tem pacto com o mal.

Resumindo, precisamos mudar e para tal são necessárias algumas atitudes, como por exemplo, respeitar as pessoas ricas e vibrar com a felicidade delas. Pode parecer estranho, mas quando mandamos bons pensamentos aos outros eles retornam com força e nos alimentam das melhores sensações que a vida pode oferecer. Quando oramos por alguem que sofre, sentimos isso com maior clareza e, se o fizermos por quem já está bem, melhor ainda!

Sou uma pessoa rica desde o dia que percebi a riqueza que existe em mim. Meus talentos, minhas habilidades criativas, minha índole, meus ideais, minha família, enfim, tornei-me mais feliz, mais realizado e forte quando comecei a analizar tudo o que me foi ofertado pelo Criador. Não é uma questão apenas financeira. A financeira é um detalhe e o que mais vale é a atitude, o comportamento, do tipo tomar banho com esmero, escovar os dentes com prazer, olhar no espelho com satisfação, conversar com otimismo, festejar cada boa notícia e silenciar diante das adversidades.

A casa, o carro, o telefone, a roupa, o relógio, o computador, a mobília, os óculos, são apenas adereços da existência. Eles podem dar maior satisfação a quem os possui, mas nunca deixarão de ser adereços que podem ser conquistados por qualquer pessoa, dependendo unicamente da sua persistência e fé. Os verdadeiros valores da riqueza estão somente nas atitudes, nos pensamentos, nas palavras ditas, na capacidade de entender o que as pessoas e o mundo quer nos dizer.

Tudo isso é vida e para enriquecer, siga os seguintes passos:

O primeiro passo é nunca reclamar de nada, pois só reclama aquele que não se acha capaz de encontrar uma solução e é melhor expor o que pensamos que lamentar o que parte das outras pessoas.

O segundo passo é reconhecer que todos os seres humanos nasceram para a felicidade. Todos temos o direito de criar um ambiente de vida feliz e isso depende unica e exclusivamente de cada um de nós.

O terceiro passo é persistir em realimentar a alegria de viver cada momento da vida.
O quarto e definitivo passo é tentar descobrir ao máximo as qualidade e os valores daquela pessoa que sempre vemos quando paramos em frente ao espelho.

quarta-feira, 17 de março de 2010

REGRA SIMPLES



Minha maior dificuldade na escola foi a matemática. Tive uma professora que observou ser necessário "só" aprender as regras simples. O problema é que ela esqueceu de dizer que as regras simples acabam se tornando complexas com o tempo. Portanto, a matemática distorçeu minha compreensão sobre o simples e o complexo. O fato é que isso me atormentou bastante e muito me afastou dos bancos escolares, fazendo ser prazeroso agir contrariando as regras do viver bem e em paz.
Minha mãe foi a melhor professora que Deus poderia me presentear. Em razão dela, sempre gostei dos professores artistas, descompromissados com as regras e determinados a encantar os alunos com as perspectivas de um mundo feliz. Com professores artistas aprendi regras como da liberdade de pensar e o direito de sonhar, a regra da determinação em crer sempre no melhor da vida, dentre outras tantas que integram a mente das pessoas, digamos, felizes.
Ocorre que muitas pessoas como eu, tanto ouvem sobre essa história de regras complexas que passam grande parte da juventude tentando contrariar as regras menos compreensíveis. Isso atrasa muito o processo evolutivo social e econômico, se bem que pode proporcionar sabedoria sobre o necessário proceder diante das adversidades.
Mas já que estou escrevendo sobre regras, com o tempo criei as minhas que cito a seguir:


  1. Evitar qualquer tipo de reclamação, independente da situação em que me encontre.

  2. Insistir sempre em agradecer, mesmo que tenha vontade de reclamar.

  3. Crer que sempre é possível melhorar, mesmo que todas as regras demonstrem que a tendência é piorar.

  4. Pensar no benefício para o todo em toda e qualquer atitude que eu venha tomar.

  5. Falar todos os dias para o espelho o quanto é valiosa aquela imagem que vejo.

  6. Escrever aquilo que quero para jamais esquecer o quanto eu quis.

  7. Lembrar diariamente as pessoas que amo do quão grande é meu amor.

  8. Ser humilde com os humildes e esperto com os arrogantes.

  9. Fazer uma oração por dia para o desconhecido que precisa da minha oração.

  10. Falar com Deus em todas as situações.

Todas regras simples.


Depois que comecei a segui-las minha vida mudou de tal forma que passei inclusive a gostar de matemática.

domingo, 7 de março de 2010

Vem aí speak me


Estou estudando inglês. Não é exibicionismo, não! É uma constatação da necessidade de continuar sempre em frente. É uma necessidade! Sempre fui muito mal no idioma dos gringos norte americanos. Mas fui pegando umas pontas e outras e aprendi o mínimo. O mínimo mesmo...
Mas a saída é essa mesmo: aprender inglês, mesmo sem grandes motivos. É que meu desejo é entender o que falam aqueles que são vistos como poderosos? Seria em razão de ter uma vontade quase fanática que viajar e conhecer muito mais do mundo que ainda nem descobri completamente como funciona? Ou seria em razão do Oscar que hoje à noite ouvirei pelos tradutores,?
O verdadeiro é que o inglês é um tipo de alfabetização mais complicada: ou aprendemos ou continuamos analfabetos.
Mas resolvi estudar sozinho. A decisão chegou junto com a de emagrecer e o regime está infinitamente melhor que a aprendizagem do inglês. A nutricionista me parabenizou e minha amada companheira ainda está meio desconfiada dos meus estudos, já que sequestrei o curso que meu filho comprou em fascículos no ano passado.
Aprender inglês vai ser o máximo e falar inglês então, vai ser maravilhoso!!!
Por enquanto estou no primeiro fascículo e tenho ainda 23 adiante. Não vou desistir e o mais interessante é não ter professor. Não é como a dieta em que tenho metas, prazos e perspectivas de médio e longo prazo.
Aprender inglês é reaprender como se aprende. Quero descobrir o inglês que existe guardado na minha mente, já que o magro que existe em minhas memórias está renascendo como se fosse Fênix: das cinzas!!!

Generosidade



Existem pessoas que durante a vida inteira se mostram solidárias, compreensivas, generosas e fraternais. Costumo chama-las de anjos. O interesse em auxiliar os semelhantes é contagiante e isso independe do perfil ou estilo que adotam. Uns são desprendidos, outros recatados, formais. O certo é que os anjos são simplesmente anjos, não buscam autodestaque por suas atitudes pois é assim a sua natureza e a transparência no modo de agir, falar, expor seus pensamentos de sabedoria. São pessoas queridas e invejadas.
Também existem aqueles que costumo chamar de pessoal da matéria. Não são de todo ruins e muitos possuem talentos importantes que aplicam no cotidiano. Sempre buscam estar bem na foto, mesmo que antes da foto a realidade não seja aquela da imagem clicada, tampouco depois venha se transformar em paisagem. Na essência são invejosos, raivosos, dissimulados que por vezes nos confundimos pensando que eles também podem ser anjos. No entanto o pessoal da matéria inveja os anjos e nem sabe a razão de invejar. Eles não conseguem perceber as virtudes dos anjos, acreditam que todo o ato solidário de um anjo não passa de uma atitude interesseira e por isso não descobrem como é BOM fazer o BEM!
Mas há também o pessoal das nuvens. Não são anjos nem pessoal da matéria. São simplesmente gente humana, parte da grande massa. Vivem do jeito que dá e tudo o que querem é se dar bem. De vez em quando agem como anjos com pureza e amor no coração e de outras vezes agem como verdadeiros demônios contagiados pela maldade. São seres em evolução que ainda não escolheram o caminho.
Conheço poucos anjos , um número bem maior de pessoal da matéria e uma multidão dessa gente das nuvens.
O mais interessante é que todos são humanos e por mais que eu continue acreditando nos anjos, quando em vez, também tem suas escorregadas e por instantes habitam o nível intermediário como a gente das núvens. Já pessoal da matéria às vezes também, foge do convencional e se transfigura em gente das nuvens, daí sim, para colher algum resultado de uma atitude construtiva, preferencialmente pública para poder colher louros da ppopularidade de seus raros atos.
Os seres em evolução, diferentemente do pessoal da matéria, lutam querendo ser anjos como aqueles repletos de virtures e sempre valorosos. Se conscientes de não terem alcançado os patamares mais elevados, evoluem. Caso contrário, ao se julgarem superiores, retrocedem.
Hoje, em menos de meia década de meio século desta vida, compreendo e sigo caminhando entre nuvens esperando o dia em que alado, alcance a luz tão sonhada que identifica o superior na autêntica escala de evolução no universo: A Escala da Verdade.
Pense: Todos os verdadeiramente grandes se anunciam pequenos e é aí que reside a grandiosidade de suas existências.
A felicidade plena só habita por inteiro o coração dos humildes.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

VANTAGENS TRABALHISTAS

Interessante a decisão do eminente Juiz do Trabalho Dr. Rafael da Silva Marques, que determinou a proibição de realização de jogos de futebol entre 10 e 18 horas e, logo depois, autorizou jogos após às 18h somente em caso de temperatura inferior a 35 graus. Tal decisão deve ser respeitada em nome da autonomia da Justiça e da garantia do Estado Democrático de Direito, mas é difícil concordar.
Atendendo a um pedido do Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul, é legítima, mas contraria o bom senso. No entanto se o sol e o calor causam riscos e o sentido é de defender a integridade física de profissionais, deveria se exigir mudanças também para outras categorias, como as que cito agora:
- Os policiais deveriam ter mais limitado o horário para cumprir decisões judiciais. As prisões com mandado somente poderiam ocorrer do nascente do sol até 10h, ou após às 18h, até o poente.
- Salva Vidas não poderiam mais atuar entre 10h e 18h, o que obrigaria que fosse proibido o banho nas praias nesse período, já que as guaridas não protegem suficientemente os profissionais.
- Carteiros somente poderiam entregar cartas nas primeiras horas da manhã ou logo ao anoitecer.
- A construção civil somente poderia atuar com a utilização da robótica entre 10 e 18horas, já que os pedreiros poderiam ficar insolados. O adicional noturno, claro, seria obrigatoriamente incorporado aos seus salários, pois somente poderiam laborar fora daquele determinado horário.
- O trânsito de veículos (seria muito bom para o meio ambiente) somente poderia ocorrer antes das 10h ou após às 18h, já que os policiais não poderiam atuar diante de um calor tão intenso.
Antes de acontecer isso tudo, analisemos alguns importantes pontos.
- Em 1994 o Brasil foi campeão da Copa do Mundo dos Estados Unidos e os jogos aconteceram em sua maioria às 12h, com um calor escaldante que se aproximava dos 40 graus. Os erros nas cobranças de pênalti dos italianos que deram o título ao Brasil, poderiam ser questionados no Tribunal da FIFA?
- Os atletas profissionais, que ganham fortunas e tem uma elevadíssima performance orgânica, uma resistência infinitamente superior a qualquer cidadão, tem suas aposentadorias na maioria das vezes com menos de vinte anos de serviço e legislação trabalhista privilegiada e específica, spodem ser vistos como superiores a qualquer outro trabalhador que é obrigado a trabalhar de sol a sol?
São perguntas que precisam ser feitas.
Um motorista de ônibus trabalha diariamente cerca de dez horasem um calor infernal; os padeiros atuam nos fornos vivendo com temperaturas que alcançam 50º em seus respectivos ambientes; os cozinheiros enfrentam a mesma dificuldade e a nenhum deles é dada qualquer prerrogativa além do parco salário, tampouco se comenta sobre sua integridade física.
Sugiro aos que concordam com a decisão que se organizem e montem uma grande mobilização mundial. Diante do aquecimento global, dos contrastes meteorológicos, a decisão do Juizo Trabalhista até pode ser considerada acertada, desde que sirva de início para a fase em que todos, no melhor estilo Jô Soares, passarão a dormir durante o dia e trabalhar somente à noite.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Educação Inteligente?

O que você acha da educação? A maioria das respostas dizem dos problemas do sistema de ensino, da desestrutura das escolas, do despreparo e desestímulo dos professores, dos investimentos equivocados pelos governos, sem contar com o fato de a tecnologia ser uma das maiores desculpas para o "empreguissamento" dos estudantes. Na minha ótica, o problema é só um: Está tudo errado! O caminho da educação passa pelo termo INTELIGÊNCIA, que sempre é esquecido quando se analisa o setor educacional. Não me refiro a alunos e professores inteligentes, mas em educação inteligente.
Temos um sistema de educação limitado, pré formatado, ultrapassado, negativo e responsável pelo desestímulo aos estudantes e forçoso comodismo aos educadores. A culpa não é deles, é do sistema, da forma como é feito. Em vez de centro permanente de construção do conhecimento, a escola se transformou ao longo do tempo em centro de preenchimento de horário de descanso para os pais. História, Geografia e Língua Portuguesa ainda são chamadas de disciplinas, quando deveriam ser tratadas como atrações.
Imagine a divulgação aos alunos na segunda-feira pelos autofalantes de um educandário público: "E atenção, hoje na sala 203 a Mestra Maria da Silva apresenta: CV - Isso mesmo! Conjugação Verbal! Você vai falar legal, você vai se transformar em um vencedor conjugando todos os verbos com perfeição! Logo depois, o professor Armando Quintanilha apresenta... Variações climáticas e seus reflexos na economia - Um show de geografia"
Claro que em temas mais complexos, seria necessário um diferencial. Na matéria matemática, por exemplo, o Governo deveria investir em prêmios e teríamos o seguinte anúncio: "Amanhã, a educadora Cláudia Pitagorina vai avaliar logarítimos decimais e equações exponenciais. Os primeiros colocados concorrem a um par de tênis Nike com plataforma!"
Mas para isso é necessário haver uma política de incentivo verdadeira. Não adianta construir salas, implantar centros de informática, cobrir ginásios, se as bibliotecas ainda são esconderijos de poucos e os professores não dão mais shows, aliás, muitos sequer sentem honra em ser professor.
Minha mãe foi uma grande professora. Com muita dificuldade, viajando em estrada de terra de Alegrete para Uruguaiana, com recursos escassos, formou-se em 1968 em pedagogia. Mais tarde fez especialização em educação, metodologia de ensino e didática. Passou a sua vida toda dizendo aos estudantes universitários que a educação é o caminho da felicidade e fazia questão de recordar as lágrimas de emoção que deixara cair a cada criança que conseguira alfaberizar. Acreditou sempre e deixou um legado extraordinário aos seus alunos e também a este filho que só resolveu estudar depois de ela ter partido para a eternidade.
Ao retomar a caminhada em 2001, aos 37 anos, percebi que a Universidade tem um pouquinho do que ela defendia e que ainda há uma esperança. A esperança é de que os professores descubram um jornalista em suas mentes e um artista em seus corações. A saída está com os educadores, mesmo que se insista que o caminho está no investimento e na valorização. Toda a classe precisa fazer a diferença, deixar de lembrar a situação difícil onde historicamente está colocada e perceber que o caminho é ele, o educador quem faz e só ele que pode mudar o quadro de descrédito instalado. O professor precisa ser capaz de analisar a grade pedagógica e sintetizá-la como o jornalista faz com o fato. Depois, precisa ser um artista, para evidenciar o ensinamento criado em algo verdadeiramente atrativo, interessante e necessário. Precisa se perguntar: "o que o aluno ganha com a aula que vou dar?"
Não adianta entrar para a aula falando inglês. É necessário dizer o que o aluno precisa fazer para aprendere a interagir com ele e também falar inglês como o professor. Não adianta dar trabalho para casa e acolher as cópias da internet, a escola da vida está dando aula às escolas convencionais e os alunos sabem mais que os professores sobre o real que vivenciam no dia a dia.
Os filhos deixaram de dar bênção aos pais, os jovens deixaram de pedir licença às pessoas mais velhas e apelidaram isso de falta de educação. Mas foram os pais e os mais velhos que ensinaram! alguém vai dizer que os pais não deixaram de ouvir seus filhos ou afirmar que os mais velhos alguma vez pediram licença aos mais jovens?
O mundo evoluiu, a cultura evoluiu. Hoje é permitido pensar, debater, discordar. O sistema educacional brasileiro ainda não aprendeu essa lição.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Direitos do Trabalho e Tecnologia

Me questiono sobre o Direito do Trabalho, se é justo ou não. Resolvi escrever algo que passa despercebido pela maioria das pessoas e algumas somente lembram quando se vêem feridas em seus direitos. O brasileiro conseguiu com o passar nos anos, conquistar muitos direitos, prerrogativas e possibilidades, sem que com isso conseguisse se transformar em algo que no mundo corporativo é chamado de produtivo. Ao contrário, a produtividade brasileira é uma das menores do mundo. Os trabalhadores, guardadas suas regiões e respectivas origens, nada tem de produtivos.
Mas o que a produtividade tem a ver com o Direito do Trabalho? Tudo, senão vejamos: no Brasil, os profissionais produtivos raramente precisam buscar na justiça os seus direitos. Na maioria das vezes, resolvem suas pendências com os patrões, pois se tornam valiosos para as organizações e, portanto, conquistam mais direitos que aqueles previstos na pura descrição legal. O profissional produtivo recebe mais que um piso salarial, são agraciados com comissões cada vez melhores, trabalham com alegria e contagiam os ambientes com seus valores pessoais, repletos de emotividade e alegria de viver.
Por essa razão, creio que a CLT deveria ter sido desenvolvida com uma visão mais inteligente quanto aos valores do trabalho e do trabalhador. No entanto, a desinteligência do direito do trabalho faz com que cada vez mais se veja a promoção de verdadeiras injustiças nos tribunais. O pior é todos tem um pouco de culpa. O empresário, por não cumprir piamente o que lhe é determinado; o trabalhador, por agir de forma negligente e isolada de seus contratantes, pois se assim não fosse, dificilmente procuraria o Judiciário; por fim, o rito trabalhista, que deixa os magistrados limitados a análises superficiais sobre fatos, sem o desenvolvimento cognitivo as ações pelo mero fundamento da prova, dando-se enorme valorização às de cunho testemunhal.
O que precisa mudar é simplesmente TUDO.
Não é uma questão somente de Carteira de Trabalho. É uma questão de diário de trabalho. Cada trabalhador deveria ser obrigado a escrever pelo menos dez linhas diárias em um controle de atividade.
Não é uma questão de Direitos e Deveres: Cada trabalhador deveria receber, quando do ingresso em uma empresa, um polígrafo de pelo menos dez páginas contando suas atribuições e direitos, e essa apostila deveria ser assinada pelo patrão.
É sim, uma questão de necessária modernização e utilização da tecnologia com inteligência. Hoje a robótica e a cibernética estão presentes no cotidiano da grande maioria das pessoas. Você faz um curso técnico, mas não aprende a técnica da respeitabilidade às regras das organizações empresariais; você faz uma faculdade, mas não usa a faculdade da interatividade para encontrar um lugar transparente para produzir o que lhe foi concedido como conhecimento; você faz uma especialização profissional, mas não se especializa em perceber os pequenos detalhes, pois começa a enxergar o além, esquecendo do "aqui e agora"; você pode se tornar um Mestre, um PHD, ou qualquer gênero de Gran cosa, mas de nada vale tudo isso se não houver algo fundamental: essência.
Hoje a Justiça do Trabalho está ingressando na era virtual. Em breve o trabalho todo será eletrônico, com economia de papel e celeridade na resolução dos litígios... pausa... celeridade ou negligência institucional? Bem, só o tempo tem a resposta. Falando em tempo, não se pode esquecer que não será o computador quem decretará as sentenças.
Mas se serão os juízes quem decretará sentença, então será o juíz quem estudará cada caso e também ele é quem fará cada audiência.
É meu Amigo tempo... A tecnologia anda, os direitos se modernizam, o processo se tecnifica, mas no momento decisivo, tudo continua nas mãos do homem.
Tomara que fiquemos por aí e que ninguém se atreva a inventar o Magistrado Eletrônico.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O tamanho do homem

Um rapaz chega em um tradicional clube social de Porto Alegre e como não conhece absolutamente ninguém, aproxima-se de um grupo, depois de outro, e ninguém dá a mínima atenção à sua presença. O tempo vai passando, até que ele encontra uma pessoa que também o observava. Sem outra alternativa, dirige-se ao cidadão que está parado ao lado de um corredor e o saúda com um "Buenas tchê"!
O seu interlocutor, homem de fino trato, com um terno que atestava um diferencial social e uma gravata não menos valiosa, olha para o relógio e pergunta: -És daqui? ao que recebe como resposta - Bah, tá louco? não viu no meu jeito? Sou do Alegrete!
A esposa do portoalegrense sai do corredor que a levara ao toillete do belo clube, ele dá um sorriso ao alegretense e sai sem mais falar, mas deixa escapar irônico termo "Querido!", ao que nosso orgulhoso alegretense engole em seco.
Servido o magnífico jantar e passados alguns instantes, o arrogante portoalegrense começa a se contagiar com um som suave de violão. A música vai entrando nos ouvidos dos presentes, enquanto na mansidão da noite uma voz máscula e terna começa a expressar em versos "O amor às prendas lindas".
O show se estende por mais de uma hora e encerra com o magnífico "Canto Alegretense"

O antes desconhecido começava a encantar e quando a luz com tons azuis e avermelhados se espalhava no palco em meio à fumaça do gelo seco, o jovem aragano provocava o aplauso da platéia. Todos aplaudiam e o abastado portoalegrense gritava a cada nova música um "Bravo!"
A festa foi desenvolvida para premiar os empreendedores do ano. A atração era para os merecedores do troféu da elite, mas o brilho estava absorvido pelo show de abertura. Nem o valioso banquete com pratos franceses se sobressaiu tanto.
Depois, um famoso apresentador da televisão leu de um em um, os nomes dos agraciados e, dentre eles, caminhou rumo ao palco no mais original estilo "peito de galo" o garboso portoalegrense.
A festa foi um estouro, um sucesso! Logo depois, o jovem cantor veio em meio à antes platéia e tinha a cada encontro um afago no seu ego. Sua caminhada tinha como destino a porta do clube, mas estava difícil. Todos perguntavam sobre ele, se tinha algum cd, de que "família" ele era. Com paciência e simpatia ele atendia a todos e retribuía o afeto.
Quase na porta se deparou com o homem a quem havia interpelado horas antes. O homem apresentou um enorme sorriso estruturado por um dos mais famosos ortodontistas da capital. Colocou a mão no bolso interno do paletó, tirou com estilo um porta cartões e destacou um dos cartões e, virando do avesso, pediu que o jovem lhe desse um autógrafo e colocasse um número de telefone para conversarem outro dia. Educadamente o rapaz pegou a caneta de prata que o homem o entregou e escreveu rapidamente, saindo apressado.
O portoalegrense ficou com o cartão na mão e caminhou até uma área com mais luminosidade para ler. No cartão estava escrito:
Um abraço do "Querido". ps. só dou meu telefone aos Amigos!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um caminho para o Brasil

Sou daqueles eleitores que não votam em Lula. Não que se tenha um posicionamento contrário ao PT pois acredito que na essência, todos os partidos tem suas qualidades e em qualquer um deles o ideal é voltado ao bem da população. Não votei nele justamente por acreditar naquilo que ele fez durante os quase oito anos em que se manteve no poder, já que era impossível imaginar que ele governasse assim, de forma pluralista, garantindo a livre iniciativa e a liberdade como instrumentos transformadores.
São muitos os princípios que possuem um fim, mas creio que Brasil estaria melhor se além de um bom governo, Lula conseguisse fazer algumas mudanças. O mais interessantes é que não seriam necessárias muitas mudanças, apenas algumas, dentre as quais, cito umas delas:

- Mudança no pacto federativo, com a federalização dos estados da federação, dando a eles mais autonomia econômica e judiciária. O Brasil é grande demais e possui muitas divergências culturais e comportamentais para concentrar tanto poder na capital Brasília, em detrimento dos outros estados. É necessário que se reconheça e se estude tais diferenças, promovendo mudanças a partir do perfil de cada estado federado.

- Mudança radical nos códigos Penal, de Processo Penal e Lei de Execução Penal. Pode parecer absurdo mudar tudo isso, mas creio que esteja todo o sistema penal errado. Uma nova codificação de crimes, classificando-os de forma mais objetiva e atualizada deveria ser providenciada o mais urgente possível, utilizando uma análize mais globalizada e menos adaptada ao mecanismo viciado que o país vem promovendo ao longo de sua história. A justiça brasileira virou bula de remédio antigo, enquanto o povo diz dor de cabeça a bula diz pressão encefálica, enquanto o povo diz assassinato o CP diz homicídio e por aí vai. Assalto e extorção são a mesma coisa, ou não?
Na execução penal, então, a coisa fica mais absurda. Prendem tontos e espertos, mas só os tontos ficam presos. Os expertos sempre encontram um advogado tonto por dinheiro para tirá-los da cadeia.
Os presídios precisam ser privatizados. Em todos os países onde isso ocorreu empresas cresceram no setor e o Estado passou a economizar fortunas, já que na pobreza do sistema, pães, carne, frutas, sempre custam mais caro. - A vida custa menos de um salário mínimo por mês para o marginal na rua, mas se estiver preso, a vida dele custa pelo menos quatro salários mínimos mensais para o Governo.

- Regramento dos serviços de saúde com municipalização plena e dotação orçamentária digna para o respectivo exercício, também se mostra como o melhor caminho no sentido da garantia de um eficiente serviço de saúde para a população. O SUS não deve ser voltado somente para as pessoas que não possuem meios de obter um plano de saúde. Creio que o Sistema Único de Saúde deveria atuar em parceria com os planos privados, garantindo alguns diferenciais no atendimento aos que contribuem mais, sem condicionar sacrifícios ao atendimento dos carentes. Com a municipalização plena e a dotação de recursos planejados de forma coerente, através de estudos aprofundados sobre demandas, custos e investimentos, pode haver uma mudança radical no sistema de saúde, garantindo o fim das filas quilométricas, quebrando com as máfias que se enraizaram na área desde muito tempo, como verdadeiros cartéis, geridos pelo sistema "Se pagar vive!"
Não tenho mais 18 anos, não faço mais discursos na escola. No entanto meus ideais ainda são semelhantes, ainda sonho com meios para melhorar o meu país.
Se você leu até aqui o que escrevi, sinal que também se preocupa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu percebo a presença

Estava descansando na sala de casa e pensei: onde estará o meu amigo Criador do Universo? Onde estará o Senhor das Estrelas, força infinita do amor, da esperança e da justiça?
Quantas vezes parei para pensar onde ele estava, sem tomar o cuidado de fechar os olhos e sentir sua presença.
Pois todos os dias o Pai de todas as Igrejas, que recebe nomes diferentes, mas que é Um só e o mesmo para tudo o que integra o Universo está ali, ao meu lado, aqui, em todos os lugares que vejo, em todas as cores, nos cheiros que se espalham e nas pessoas que circulam.
Tenho um conceito que Deus é uma unidade tão imensa e poderosa que sua dimensão pode ser do tamanho de um átomo ou da grandeza de uma galáxia. Ele tem vigor em nossa mente e isso é o que dá a garantia da sua existência e, é claro, da nossa existência.
Que bom que creio em Deus. Que bom que ele é meu alento nas horas de angústia, dor ou preocupação. Que bom que encontro nele a força para recomeçar todos os dias e que maravilhoso que ele me dá, dia após dia, uma oportunidade de perceber sua presença.
Já escrevi sobre tantas coisas e em todas elas, ao escrever coloquei Deus no meu pensamento e no meu coração.
Senti a NECESSIDADE de escrever sobre Deus e me acho livre para expressar como é bom ter Deus em minha mente e em meu coração.
Graças a Deus!

domingo, 10 de janeiro de 2010

2010 - O novo ano

Aparte 01 - To de volta
Estou retornando a escrever no blog. Não sei se alguém vai ler, mas vou escrever pois estou retornando ao exercício diário da escrita. Meio enferrujado pelo tempo de distanciamento do exercício livre, creio necessário ativar este meio tão valioso de reflexão. O certo é que lerei e irei reler até que canse de corrigir.
Aparte 02 - O Molina
Ocorre que hoje encontrei meu Amigo Leandro Molina, um dos decanos da Rádio Gaúcha, jubilado em recente evento dessa grande organização da comunicação radiofônica brasileira. Gosto de encontrar com ele, pois o cara além de ser um baita profissional, não é "cheio", me acolhe com carinho e me trata com respeito. Acho que neste domingo vamos almoçar juntos, a não ser que a Sogipa encrenque por razão de ter mais de cinco convidados. Como convidara cinco antecipadamente, vai mais o Molina e o filho e então são sete.
O Molina me falou na Gaúcha. Fico encantado quando ele fala sobre a emissora, sobre os personagens que a fazem se constituir em uma das mais importantes do mundo e, certamente, a mais importante do Rio Grande do Sul. Enfim, encontrar com o Molina foi gratificante, revigorante e animador.
Aparte 03 - O Mattews
Meu sobrinho Mattews veio passar alguns dias em Porto Alegres. Nossa facerisse com a visita é imensa. Ele é o retrato de meu saudoso irmão, com alguns detalhes de aperfeiçoamento (Nossos filhos são sempre melhores que nós). É querido, generoso, compreensivo, alegre e cheio de sonhos. É um encanto de menino. Semana que vem a cunhada Sandra e o Cristiano devem vir se encontrarem um caseiro para cuidar da chácara que meu irmão construíu lá na serra do Caverá.
Aparte 04 - A vida
Ando em uma luta incansável. Se por um lado ando na busca incansável por novos clientes no escritório de advocacia, por outro não descanso do rádio por conta da função de correspondente da Viva News de Bento Gonçalves. Eu saí do Rádio, mas não adianta, graças a Deus, o Rádio não sai de mim.
Aparte 05 - Com sua licença
Peço licença para terminar meus apartes. A Internet continua, talvez escreva aqui de novo amanhã...