sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Direitos do Trabalho e Tecnologia

Me questiono sobre o Direito do Trabalho, se é justo ou não. Resolvi escrever algo que passa despercebido pela maioria das pessoas e algumas somente lembram quando se vêem feridas em seus direitos. O brasileiro conseguiu com o passar nos anos, conquistar muitos direitos, prerrogativas e possibilidades, sem que com isso conseguisse se transformar em algo que no mundo corporativo é chamado de produtivo. Ao contrário, a produtividade brasileira é uma das menores do mundo. Os trabalhadores, guardadas suas regiões e respectivas origens, nada tem de produtivos.
Mas o que a produtividade tem a ver com o Direito do Trabalho? Tudo, senão vejamos: no Brasil, os profissionais produtivos raramente precisam buscar na justiça os seus direitos. Na maioria das vezes, resolvem suas pendências com os patrões, pois se tornam valiosos para as organizações e, portanto, conquistam mais direitos que aqueles previstos na pura descrição legal. O profissional produtivo recebe mais que um piso salarial, são agraciados com comissões cada vez melhores, trabalham com alegria e contagiam os ambientes com seus valores pessoais, repletos de emotividade e alegria de viver.
Por essa razão, creio que a CLT deveria ter sido desenvolvida com uma visão mais inteligente quanto aos valores do trabalho e do trabalhador. No entanto, a desinteligência do direito do trabalho faz com que cada vez mais se veja a promoção de verdadeiras injustiças nos tribunais. O pior é todos tem um pouco de culpa. O empresário, por não cumprir piamente o que lhe é determinado; o trabalhador, por agir de forma negligente e isolada de seus contratantes, pois se assim não fosse, dificilmente procuraria o Judiciário; por fim, o rito trabalhista, que deixa os magistrados limitados a análises superficiais sobre fatos, sem o desenvolvimento cognitivo as ações pelo mero fundamento da prova, dando-se enorme valorização às de cunho testemunhal.
O que precisa mudar é simplesmente TUDO.
Não é uma questão somente de Carteira de Trabalho. É uma questão de diário de trabalho. Cada trabalhador deveria ser obrigado a escrever pelo menos dez linhas diárias em um controle de atividade.
Não é uma questão de Direitos e Deveres: Cada trabalhador deveria receber, quando do ingresso em uma empresa, um polígrafo de pelo menos dez páginas contando suas atribuições e direitos, e essa apostila deveria ser assinada pelo patrão.
É sim, uma questão de necessária modernização e utilização da tecnologia com inteligência. Hoje a robótica e a cibernética estão presentes no cotidiano da grande maioria das pessoas. Você faz um curso técnico, mas não aprende a técnica da respeitabilidade às regras das organizações empresariais; você faz uma faculdade, mas não usa a faculdade da interatividade para encontrar um lugar transparente para produzir o que lhe foi concedido como conhecimento; você faz uma especialização profissional, mas não se especializa em perceber os pequenos detalhes, pois começa a enxergar o além, esquecendo do "aqui e agora"; você pode se tornar um Mestre, um PHD, ou qualquer gênero de Gran cosa, mas de nada vale tudo isso se não houver algo fundamental: essência.
Hoje a Justiça do Trabalho está ingressando na era virtual. Em breve o trabalho todo será eletrônico, com economia de papel e celeridade na resolução dos litígios... pausa... celeridade ou negligência institucional? Bem, só o tempo tem a resposta. Falando em tempo, não se pode esquecer que não será o computador quem decretará as sentenças.
Mas se serão os juízes quem decretará sentença, então será o juíz quem estudará cada caso e também ele é quem fará cada audiência.
É meu Amigo tempo... A tecnologia anda, os direitos se modernizam, o processo se tecnifica, mas no momento decisivo, tudo continua nas mãos do homem.
Tomara que fiquemos por aí e que ninguém se atreva a inventar o Magistrado Eletrônico.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O tamanho do homem

Um rapaz chega em um tradicional clube social de Porto Alegre e como não conhece absolutamente ninguém, aproxima-se de um grupo, depois de outro, e ninguém dá a mínima atenção à sua presença. O tempo vai passando, até que ele encontra uma pessoa que também o observava. Sem outra alternativa, dirige-se ao cidadão que está parado ao lado de um corredor e o saúda com um "Buenas tchê"!
O seu interlocutor, homem de fino trato, com um terno que atestava um diferencial social e uma gravata não menos valiosa, olha para o relógio e pergunta: -És daqui? ao que recebe como resposta - Bah, tá louco? não viu no meu jeito? Sou do Alegrete!
A esposa do portoalegrense sai do corredor que a levara ao toillete do belo clube, ele dá um sorriso ao alegretense e sai sem mais falar, mas deixa escapar irônico termo "Querido!", ao que nosso orgulhoso alegretense engole em seco.
Servido o magnífico jantar e passados alguns instantes, o arrogante portoalegrense começa a se contagiar com um som suave de violão. A música vai entrando nos ouvidos dos presentes, enquanto na mansidão da noite uma voz máscula e terna começa a expressar em versos "O amor às prendas lindas".
O show se estende por mais de uma hora e encerra com o magnífico "Canto Alegretense"

O antes desconhecido começava a encantar e quando a luz com tons azuis e avermelhados se espalhava no palco em meio à fumaça do gelo seco, o jovem aragano provocava o aplauso da platéia. Todos aplaudiam e o abastado portoalegrense gritava a cada nova música um "Bravo!"
A festa foi desenvolvida para premiar os empreendedores do ano. A atração era para os merecedores do troféu da elite, mas o brilho estava absorvido pelo show de abertura. Nem o valioso banquete com pratos franceses se sobressaiu tanto.
Depois, um famoso apresentador da televisão leu de um em um, os nomes dos agraciados e, dentre eles, caminhou rumo ao palco no mais original estilo "peito de galo" o garboso portoalegrense.
A festa foi um estouro, um sucesso! Logo depois, o jovem cantor veio em meio à antes platéia e tinha a cada encontro um afago no seu ego. Sua caminhada tinha como destino a porta do clube, mas estava difícil. Todos perguntavam sobre ele, se tinha algum cd, de que "família" ele era. Com paciência e simpatia ele atendia a todos e retribuía o afeto.
Quase na porta se deparou com o homem a quem havia interpelado horas antes. O homem apresentou um enorme sorriso estruturado por um dos mais famosos ortodontistas da capital. Colocou a mão no bolso interno do paletó, tirou com estilo um porta cartões e destacou um dos cartões e, virando do avesso, pediu que o jovem lhe desse um autógrafo e colocasse um número de telefone para conversarem outro dia. Educadamente o rapaz pegou a caneta de prata que o homem o entregou e escreveu rapidamente, saindo apressado.
O portoalegrense ficou com o cartão na mão e caminhou até uma área com mais luminosidade para ler. No cartão estava escrito:
Um abraço do "Querido". ps. só dou meu telefone aos Amigos!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um caminho para o Brasil

Sou daqueles eleitores que não votam em Lula. Não que se tenha um posicionamento contrário ao PT pois acredito que na essência, todos os partidos tem suas qualidades e em qualquer um deles o ideal é voltado ao bem da população. Não votei nele justamente por acreditar naquilo que ele fez durante os quase oito anos em que se manteve no poder, já que era impossível imaginar que ele governasse assim, de forma pluralista, garantindo a livre iniciativa e a liberdade como instrumentos transformadores.
São muitos os princípios que possuem um fim, mas creio que Brasil estaria melhor se além de um bom governo, Lula conseguisse fazer algumas mudanças. O mais interessantes é que não seriam necessárias muitas mudanças, apenas algumas, dentre as quais, cito umas delas:

- Mudança no pacto federativo, com a federalização dos estados da federação, dando a eles mais autonomia econômica e judiciária. O Brasil é grande demais e possui muitas divergências culturais e comportamentais para concentrar tanto poder na capital Brasília, em detrimento dos outros estados. É necessário que se reconheça e se estude tais diferenças, promovendo mudanças a partir do perfil de cada estado federado.

- Mudança radical nos códigos Penal, de Processo Penal e Lei de Execução Penal. Pode parecer absurdo mudar tudo isso, mas creio que esteja todo o sistema penal errado. Uma nova codificação de crimes, classificando-os de forma mais objetiva e atualizada deveria ser providenciada o mais urgente possível, utilizando uma análize mais globalizada e menos adaptada ao mecanismo viciado que o país vem promovendo ao longo de sua história. A justiça brasileira virou bula de remédio antigo, enquanto o povo diz dor de cabeça a bula diz pressão encefálica, enquanto o povo diz assassinato o CP diz homicídio e por aí vai. Assalto e extorção são a mesma coisa, ou não?
Na execução penal, então, a coisa fica mais absurda. Prendem tontos e espertos, mas só os tontos ficam presos. Os expertos sempre encontram um advogado tonto por dinheiro para tirá-los da cadeia.
Os presídios precisam ser privatizados. Em todos os países onde isso ocorreu empresas cresceram no setor e o Estado passou a economizar fortunas, já que na pobreza do sistema, pães, carne, frutas, sempre custam mais caro. - A vida custa menos de um salário mínimo por mês para o marginal na rua, mas se estiver preso, a vida dele custa pelo menos quatro salários mínimos mensais para o Governo.

- Regramento dos serviços de saúde com municipalização plena e dotação orçamentária digna para o respectivo exercício, também se mostra como o melhor caminho no sentido da garantia de um eficiente serviço de saúde para a população. O SUS não deve ser voltado somente para as pessoas que não possuem meios de obter um plano de saúde. Creio que o Sistema Único de Saúde deveria atuar em parceria com os planos privados, garantindo alguns diferenciais no atendimento aos que contribuem mais, sem condicionar sacrifícios ao atendimento dos carentes. Com a municipalização plena e a dotação de recursos planejados de forma coerente, através de estudos aprofundados sobre demandas, custos e investimentos, pode haver uma mudança radical no sistema de saúde, garantindo o fim das filas quilométricas, quebrando com as máfias que se enraizaram na área desde muito tempo, como verdadeiros cartéis, geridos pelo sistema "Se pagar vive!"
Não tenho mais 18 anos, não faço mais discursos na escola. No entanto meus ideais ainda são semelhantes, ainda sonho com meios para melhorar o meu país.
Se você leu até aqui o que escrevi, sinal que também se preocupa.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu percebo a presença

Estava descansando na sala de casa e pensei: onde estará o meu amigo Criador do Universo? Onde estará o Senhor das Estrelas, força infinita do amor, da esperança e da justiça?
Quantas vezes parei para pensar onde ele estava, sem tomar o cuidado de fechar os olhos e sentir sua presença.
Pois todos os dias o Pai de todas as Igrejas, que recebe nomes diferentes, mas que é Um só e o mesmo para tudo o que integra o Universo está ali, ao meu lado, aqui, em todos os lugares que vejo, em todas as cores, nos cheiros que se espalham e nas pessoas que circulam.
Tenho um conceito que Deus é uma unidade tão imensa e poderosa que sua dimensão pode ser do tamanho de um átomo ou da grandeza de uma galáxia. Ele tem vigor em nossa mente e isso é o que dá a garantia da sua existência e, é claro, da nossa existência.
Que bom que creio em Deus. Que bom que ele é meu alento nas horas de angústia, dor ou preocupação. Que bom que encontro nele a força para recomeçar todos os dias e que maravilhoso que ele me dá, dia após dia, uma oportunidade de perceber sua presença.
Já escrevi sobre tantas coisas e em todas elas, ao escrever coloquei Deus no meu pensamento e no meu coração.
Senti a NECESSIDADE de escrever sobre Deus e me acho livre para expressar como é bom ter Deus em minha mente e em meu coração.
Graças a Deus!

domingo, 10 de janeiro de 2010

2010 - O novo ano

Aparte 01 - To de volta
Estou retornando a escrever no blog. Não sei se alguém vai ler, mas vou escrever pois estou retornando ao exercício diário da escrita. Meio enferrujado pelo tempo de distanciamento do exercício livre, creio necessário ativar este meio tão valioso de reflexão. O certo é que lerei e irei reler até que canse de corrigir.
Aparte 02 - O Molina
Ocorre que hoje encontrei meu Amigo Leandro Molina, um dos decanos da Rádio Gaúcha, jubilado em recente evento dessa grande organização da comunicação radiofônica brasileira. Gosto de encontrar com ele, pois o cara além de ser um baita profissional, não é "cheio", me acolhe com carinho e me trata com respeito. Acho que neste domingo vamos almoçar juntos, a não ser que a Sogipa encrenque por razão de ter mais de cinco convidados. Como convidara cinco antecipadamente, vai mais o Molina e o filho e então são sete.
O Molina me falou na Gaúcha. Fico encantado quando ele fala sobre a emissora, sobre os personagens que a fazem se constituir em uma das mais importantes do mundo e, certamente, a mais importante do Rio Grande do Sul. Enfim, encontrar com o Molina foi gratificante, revigorante e animador.
Aparte 03 - O Mattews
Meu sobrinho Mattews veio passar alguns dias em Porto Alegres. Nossa facerisse com a visita é imensa. Ele é o retrato de meu saudoso irmão, com alguns detalhes de aperfeiçoamento (Nossos filhos são sempre melhores que nós). É querido, generoso, compreensivo, alegre e cheio de sonhos. É um encanto de menino. Semana que vem a cunhada Sandra e o Cristiano devem vir se encontrarem um caseiro para cuidar da chácara que meu irmão construíu lá na serra do Caverá.
Aparte 04 - A vida
Ando em uma luta incansável. Se por um lado ando na busca incansável por novos clientes no escritório de advocacia, por outro não descanso do rádio por conta da função de correspondente da Viva News de Bento Gonçalves. Eu saí do Rádio, mas não adianta, graças a Deus, o Rádio não sai de mim.
Aparte 05 - Com sua licença
Peço licença para terminar meus apartes. A Internet continua, talvez escreva aqui de novo amanhã...